Violência doméstica contra as mulheres precisa ser combatida
17/03/2011 - Por Bancários CGR
No mês que marca o Dia Internacional da Mulher (8 de março), uma  pesquisa mostra que ainda há muito a ser feito para mudar os  assustadores números nas estatísticas sobre a violência.
 
 Dados da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres e do IBGE  (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a  violência doméstica é a maior causa de morte e invalidez de mulheres com  idade entre 16 e 44 anos. Mais de um milhão são agredidas a cada ano e  isso acontece a cada 15 segundos no Brasil. 
 
 O estudo mostra, ainda, que para um terço dessas vítimas as agressões  começaram por volta dos 19 anos e 70% dos agressores são maridos,  companheiros ou ex-companheiros que não aceitam o fim do relacionamento.
 
 O balanço dos atendimentos feitos pelo serviço Ligue 180, de janeiro a  outubro de 2010, indica que houve aumento de quase 130% no total de  denúncias em relação ao mesmo período em 2009.
 
 Segundo a diretora da Fetec-SP, Erica Godoy, o assunto é preocupante,  pois os dados são alarmantes. "Neste mês, em que a mulher está em  evidência, tema em várias atividades no mundo, é preciso expor essas  informações e tentar reverter o problema. No nosso Sindicato, esse  assunto está em pauta durante todo o ano." 
 
 Mídia 
 
 Outro dilema vivido pelas mulheres está na forma com que a mídia aborda  esses assuntos. "A mulher é sempre exposta de maneira incorreta e acaba  sendo, em muitos casos, culpada pela violência que sofreu. Pedimos a  elas que sempre busquem informações em locais especializados e que não  sintam vergonha do ocorrido", comenta.
 
 A dirigente diz ainda que é necessário que as autoridades criem  políticas públicas para que essas vítimas tenham onde morar e  qualificação profissional para poderem se desvincular dos agressores.
 
 Na cidade de São Paulo existem nove delegacias especializadas no  atendimento à mulher. A 1ª Delegacia está localizada no Parque Dom Pedro  (Rua Bittencourt Rodrigues, 200, 3241-3328) e tem atendimento 24 horas.  As mulheres também podem procurar o Ligue 180.
Fonte: Seeb São Paulo
