Santander Brasil lucra R$ 2,9 bi no 1º semestre; 25% do resultado mundial
30/07/2013 - Por Bancários CGR
O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no primeiro  semestre de 2013, o que significa uma redução de 9,8% em relação aos  seis primeiros meses de 2012, mas representa 25% do lucro mundial do  banco espanhol. No segundo trimestre deste ano, o resultado foi de R$  1,4 bilhão, uma queda de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano  anterior. 
 
 De acordo com o banco, o trimestre foi marcado por dois aspectos-chave  do seu negócio: o crédito, que voltou a crescer, e a inadimplência, que  iniciou trajetória de queda.
 
 Em 12 meses, a carteira do Santander teve expansão de 6%, para R$  218,053 bilhões. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito  do sistema cresceu 16,4% no mesmo período. Ante o primeiro trimestre de  2013, houve alta de 3% da carteira do Santander Brasil. 
 
 O banco fechou o trimestre com inadimplência acima de 90 dias em 5,2%,  alta de 0,4 ponto percentual (p.p.) em 12 meses e queda de 0,6 p.p. em  relação ao primeiro trimestre deste ano.
 
 Com isso, as despesas com provisão para devedores duvidosos somaram R$  3,2 bilhões, valor 15,9% menor do que no mesmo trimestre de 2012 e 5%  menor na relação trimestral.
 
 O banco trocou o comando no Brasil um dia antes da divulgação dos  resultados do 1º trimestre, com a saída de Marcial Portela da  presidência e entrada de Jesús Zabalza.
 
 Lucro mundial
 
 O Santander fechou o segundo trimestre com lucro líquido de 1,1 bilhão  de euros, quase nove vezes acima o resultado obtido um ano antes, de 123  milhões de euros. No primeiro semestre de 2013, o ganho foi de 2,255  bilhões de euros, alta de 29%.
 
 A necessidade de menor provisionamento e saneamento em comparação com  2012, quando foi limpa a carteira imobiliária na Espanha, influenciou no  desempenho. Apesar disso, a taxa de inadimplência segue em alta,  ficando em 5,18% no grupo e em 5,75% na Espanha após considerar como de  difícil recebimento 2 bilhões de euros de financiamentos.
 
 O executivo-chefe do Santander, Javier Marín, reiterou na apresentação  dos resultados a analistas, que a entidade está em uma situação cômoda  em relação a seus níveis de liquidez e solvência e que espera se sair  bem nos testes de resistência e avaliação de ativos que se realizem. O  banco não precisa de mais capital e mantém, por ora, sua política de  dividendos.
 
 Com relação ao lucro semestral, 56% do montante tem origem em economias  emergentes e o restante, em economias maduras. Por país, a maior  contribuição corresponde ao Brasil (25%), seguido por Reino Unido. Na  terceira posição, aparecem México e Estados Unidos e na quarta, a  Espanha. O lucro da instituição caiu na Espanha, no Brasil, no México,  no Chile, nos Estados Unidos e no Reino Unido, mas teve aumento na  Argentina, Uruguai, Porto Rico e Peru.
 
 Análise do Dieese
 
 Os técnicos do Dieese já estão analisando os dados do balanço do  Santander. O resultado será divulgado pela Contraf-CUT até o final da  tarde desta terça-feira, destacando números sobre a evolução do emprego,  dentre outros.
Fonte: Contraf-CUT com UOL, Valor Econômico e Exame
