O novo gerente regional do Bradesco na Paraíba, Marlon Santos Ribeiro, se reuniu no último dia 29/01, com a representação dos sindicatos de bancários da Paraíba (Lindonjhonson Almeida e Felipe Lins), Campina Grande e Região (Esdras Luciano e Odivaldo Bonfim), Mamanguape e Itabaiana para tratar sobre o relacionamento com as agências, preservação do emprego de bancárias e bancários, cobrança excessiva pelo atingimento de metas e o fechamento das agências Floriano Peixoto em Campina Grande, Tambaú em João Pessoa e Mari.

Na reunião, que aconteceu na gerência regional, os sindicalistas deram as boas-vindas ao novo superintendente, apresentaram diversas demandas da categoria na sua jurisdição, cobraram solução para os problemas apresentados e deixaram bem claro que vão continuar firmes na defesa intransigente de cada bancária e cada bancário nas bases dos quatro sindicatos ali representados.

“Cobramos manutenção do emprego dos funcionários das agências envolvidas e que o relacionamento da regional com as agências seja mais humanizado”, disse Esdras Luciano, presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região.

O secretário-geral do Seeb-Campina Grande pediu esclarecimentos sobre os impactos da reestruturação para clientes, funcionários e a sociedade em geral.

“O banco pretende realocar ou oferecer suporte aos funcionários das agências que serão fechadas, com planos específicos para gerentes e demais membros da equipe, visando preservar empregos e adaptar as competências dos funcionários às novas necessidades? Que medidas serão implementadas para garantir a qualidade do serviço aos clientes durante a transição, que mantenha padrões elevados de atendimento e satisfação do cliente em todas as plataformas? As ações planejadas para minimizar o impacto emocional e profissional dos funcionários afetados pelo fechamento das agências contemplam suporte psicológico, requalificação profissional e assistência na transição de carreira? Há comunicação transparente e empática aos funcionários e à sociedade sobre os detalhes das mudanças previstas pelo banco? Faz-se necessário o compartilhamento de cronogramas detalhados, etapas específicas do plano de transição decorrente do fechamento das agências, com prazos, fases críticas do processo e como o banco pretende gerenciar cada etapa para assegurar uma transição suave e ordenada. Por oportuno, registramos a apreensão de 19 bancários da agência Floriano Peixoto, prevista para encerrar as atividades no dia 22 de março, que serão realocados para outra uma unidade do banco que ainda não tem a mínima infraestrutura para lhes receber dignamente. Isso é justo? Questionou Odivaldo Bomfim.

O gerente regional não respondeu a nenhum desses questionamentos.

O presidente do Seeb – PB ressaltou que a reestruturação que vem sendo implementada pelo Bradesco em nível nacional tem deixado a sociedade apreensiva e impactado o clima organizacional das agências pela falta de clareza com as mudanças em curso.

“O fechamento de agências implica na transferência de clientes para outras unidades e as demissões também aumentam a sobrecarga de trabalho. Mais clientes, menos funcionários, metas abusivas e cobranças excessivas pelo seu atingimento levam à prática do assédio moral, ao adoecimento da categoria, geram afastamentos para tratamento das doenças laborais e precarizam cada vez mais o atendimento a clientes e usuários dos serviços bancários. Vamos continuar lutando contra esse ciclo vicioso provocado pela busca do lucro pelo lucro”, arrematou  Lindonjhonson Almeida.

Fonte: Seeb_CGR com Seeb_Paraíba