Ministro nega haver planos de mudança para a Previdência Social
17/03/2011 - Por Bancários CGR
O governo federal não tem nenhum plano de mudança para a Previdência  Social, afirmou nesta quarta-feira, dia 16, o ministro da pasta,  Garibaldi Alves Filho.
 
 Segundo o ministro, há expectativa apenas pela aprovação da proposta de  criação do Fundo de Previdência Complementar para o Servidor Público,  que tramita na Câmara. Ele prevê que a adesão vá acontecer só pelos  novos servidores que forem sendo contratados, enquanto outros se  aposentam.
 
 Para o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da  Presidência da República, Wellington Moreira Franco, qualquer mudança  que seja feita deve ter como foco as situações futuras.
 
 "Deve-se respeitar os contratos de trabalho já firmados, o direito  adquirido, que não podem ser rasgados", afirmou Franco, segundo a  Agência Brasil.
 
 De acordo com Garibaldi, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de  Geografia e Estatística) mostram que 10% da população brasileira tem  mais de 60 anos de idade e, em 2050, esse índice subirá para 30%. "O  sistema precisa ir se aperfeiçoando para ter condições de fazer a  cobertura futura", afirmou o ministro.
 
 Para o presidente do Ipea (instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),  Marcio Pochman, o Brasil não pode seguir exemplos de modelos de  Previdência Social de outros países. "A experiência de outros países é  muito diversa e mutante a cada década, de acordo com a situação de cada  local", explicou.
 
 Já o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) acredita que é necessário uma  mudança na imagem da Previdência Social, que, segundo ele, está  manchada pelo grande número de ações na Justiça e pela deficiência de  serviços. Medidas como os planos para instalação de mais agências no  País, melhoria no atendimento da perícia médica e a contratação de mais  servidores, de acordo com Sá, ajudariam a Previdência a ser mais  respeitada.
Fonte: Contraf/CUT com Infomoney
