Compensação de cheques por imagem não pode gerar demissões nos bancos
17/03/2011 - Por Bancários CGR
A Fenaban divulgou nota em janeiro comunicando aos bancos que a  compensação de cheques por imagem, em fase de testes, seria implantada  no final de março. Segundo a nota, "a partir de 25 de março não haverá  mais troca de cheques físicos".
 
 O projeto, que a Fenaban chama "compe por imagem", elimina o trâmite e a  troca física do cheque com a finalidade de compensação. A captura da  imagem é feita na boca do caixa ou nos terminais de auto-atendimento,  neste último caso, a digitalização será feita posteriormente, na  retaguarda. 
 
 A imagem digitalizada vai gerar um arquivo eletrônico que será lançado  on line no sistema operacional do banco. O banco acolhedor faz a troca  de informações com o banco sacado diretamente.
 
 "É mais um processo de automação em um setor já altamente informatizado,  o que, na prática, significa a eliminação de etapas de trabalho", diz a  diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ana Tércia.  Segundo a entidade apurou, serão fortemente impactadas as áreas de  transporte, expedição, setor de compensação, retaguarda de agências e  microfilmagem, ainda mantida em alguns bancos.
 
 "O Sindicato já vem procurando a direção dos bancos desde o ano passado,  em uma atitude preventiva, para garantir que os empregos dos  trabalhadores dessas áreas sejam preservados", informa Ana Tércia.
 
 Há reunião marcada para a próxima terça-feira 22 com o Bradesco, banco  com um dos maiores números de trabalhadores que podem ser atingidos pela  adoção do processo.
 
 Economia 
 
 Especialistas da área estimam que, com a adoção do processo, os bancos  economizarão cerca de R$ 250 milhões apenas com transporte. "Isso nos dá  uma ideia de quanto um processo de automação representa em economia de  custos. E se a empresa economiza, ela não deve prejudicar os clientes,  cobrando taxas por esses serviços, nem os trabalhadores, com demissões",  ressalta Ana Tércia.
 
 A diretora destaca que o Sindicato não é contra a automação, mas que os  avanços tecnológicos não podem resultar em prejuízos sociais. "O  Sindicato quer garantir que essas pessoas sejam remanejadas e que antes  disso sejam capacitadas pelo banco para atuar na nova área. Queremos  evitar que elas sejam remanejadas e que logo depois, por falta de  experiência na nova função, sejam desligados."
 
 Informe o Sindicato 
 
 O Sindicato pede que os bancários das áreas que serão atingidas relatem  como está sendo a implantação do projeto em seus bancos.
Fonte: Seeb São Paulo
