BNB pretende expandir crédito e quer compartilhar redes do BB e Caixa
18/03/2013 - Por Bancários CGR
O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) pretende expandir em 40% a concessão  de novos créditos entre 2012 e 2014, segundo o presidente da  instituição, Ary Joel Lanzarin. Além de contar com recursos próprios  para atender o aumento da demanda projetada, a União pode capitalizar o  BNB em R$ 4 bilhões por meio de emissão de títulos até o fim do próximo  ano.
 
 O BNB também negocia uma parceria com o Banco do Brasil e a Caixa  Econômica Federal para compartilhar a rede das instituições. A  assinatura deve ser nos "próximos dias", adiantou o presidente do BNB.  Assim, serviços como saques, consulta a extratos e pagamentos serão  oferecidos também nas 5.430 agências do BB e nas 2.567 agências da  Caixa.
 
 O BNB, 15º maior banco do país pelo critério de ativos, fechou 2012 com  R$ 22,016 bilhões em novos créditos. A meta para o fim de 2014 é atingir  os R$ 31 bilhões. A maior parte dessa expansão deve ocorrer no ano que  vem, já que o objetivo para 2013 é chegar a R$ 23 bilhões.
 
 Atualmente, a principal fonte de funding do BNB são os Fundos  Constitucional do Nordeste (FNE) e de Desenvolvimento do Nordeste  (FDNE). O FNE serviu de base de financiamento de R$ 11,970 bilhões em  2012. Já o FDNE repassou R$ 2 bilhões. Ambos foram responsáveis por mais  de 63% dos novos créditos em 2012.
 
 Para 2014, apesar do aumento em valores absolutos, a participação dos  dois fundos regionais no funding deve cair para 48%, já que a previsão  orçamentária para o FDNE é de R$ 2,402 bilhões. Já o FNE, composto por  parte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de  Renda arrecadado pela União, deve levar ao banco outros R$ 12,5 bilhões.  O aumento de quase R$ 1 bilhão nos recursos do FNE e do FDNE não é  suficiente para manter a participação majoritária no funding dos novos  créditos do BNB diante do plano de expansão da instituição.
 
 Atualmente, o índice de Basileia do BNB é de 16,2%. "Ainda bastante  confortável, havendo margem para contratação desses novos negócios",  disse Lanzarin. A carteira total do BNB fechou 2012 com R$ 36,305  bilhões.
 
 De acordo com o presidente do BNB, a ideia é agilizar a aprovação dos  novos créditos com ajuda de investimentos em tecnologia. Para grandes  projetos de financiamento, o tempo entre o pedido e a liberação dos  recursos deverá ser de até 90 dias. Médias empresas terão que esperar  até 45 dias. Já os micro empreendimentos terão crédito liberado em 15  dias. "Hoje tem operação que demora até 10 meses para ser aprovada",  disse Lanzarin.
 
 A maior agilidade na liberação de créditos pode contribuir com o plano  de expansão da base de pequenas e médias empresas, das atuais 100 mil  para 300 mil.
 
 O banco tem planos para redução de custos e o foco está nas melhorias  dos sistemas de tecnologia. "Vamos melhorar a eficiência operacional do  banco, graças à nova tecnologia", explicou Lanzarin.
Fonte: Valor Econômico

