Em reunião com o Comando Nacional dos Bancários, os bancos se comprometem a discutir sobre o adoecimento da categoria; próxima reunião ficou marcada para o dia 22 de maio

O Comando Nacional dos Bancários avaliou como positiva a disposição dos  bancos em debater os principais pontos de adoecimento da categoria. O  compromisso foi firmado na mesa temática de Saúde do Trabalhador,  realizada na tarde desta terça-feira (9), em São Paulo, entre o Comando,  o Coletivo Nacional de Saúde e a Federação Nacional dos Bancos  (Fenaban).
O movimento sindical iniciou a reunião com uma  explanação sobre as más condições de trabalho vivida nos bancos, que  mostram a real necessidade de ações preventivas. “Se há um lugar para  avançar, com certeza esta mesa é o ideal. Temos de aproveitar este  espaço para pensar em ações efetivas que possam interferir no dia a dia  dos bancários e impedir que eles cheguem à situação extrema”, afirmou a  presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro  (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando  Nacional.
“A questão é grave, há um nível muito grande de  transtornos mentais. As pessoas estão trabalhando à base de remédios.  Isto tudo em decorrência da pressão por resultados e metas que é  exercida sobre eles”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da  Contraf-CUT.
Os bancários reivindicam acesso aos dados de  afastamento, para poder pensar medidas preventivas em conjunto com os  bancos. “Nós queremos enfrentar os problemas de metas e assédio moral.  Nós temos que discutir este processo de organização do trabalho. Se não  discutirmos a gestão, não tem como haver prevenção”, disse o secretário.  O movimento sindical também quer debater sobre as condições de saúde  dos trabalhadores em plataformas digitais.
Os bancos  reconheceram a importância da mesa temática de saúde na construção de  avanços para a categoria e se colocou à disposição para avançar no tema.  “A expectativa é que os bancos reconheçam a necessidade de  enfrentamento do problema e que haja efetividade, com soluções para as  causas de adoecimentos e uma política de prevenção adequada”, finalizou  Salles.
A próxima reunião para começar a discutir efetivamente as possibilidades de prevenção ficou marcada para o dia 22 de maio.
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Fonte: Contraf-CUT

