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Bancários denunciam no Congresso Nacional as fraudes do Santander

03/07/2025

Em mais uma etapa da campanha permanente em defesa do emprego bancário no Santander, foi realizada nesta quinta-feira 3 uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater as fraudes na contratação, o fechamento de centenas de agências, a queda na arrecadação tributária e a postura antissindical do conglomerado espanhol. A inciativa foi da deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

Desde 2021, o Santander Brasil vem transferindo bancários para outras empresas do conglomerado, como a F1RST, SX Tools, Prospera, SX Negócios entre outras. Todas com CNPJs diferentes – são mais de 30.

Com isto, além de pagar menos impostos, o banco está fragmentando a categoria bancária e excluindo esses trabalhadores dos acordos coletivos e direitos conquistados, visando o aumento da lucratividade por meio da redução de custos.  

Desta forma, esses trabalhadores deixam de ser abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) bancária, que garante uma série de direitos como PLR; VA e VR de mais de R$ 1.900 somados; auxilio-creche/babá de R$ 659,67, além de salários mais altos.

Entre 2019 e 2024, o número de trabalhadores no grupo Santander cresceu 16,4%. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores bancários no Grupo Santander teve grande redução em quatro anos, passando de 36.743 em 2020 para 18.230 em 2024. Queda de 50%.

No âmbito geral do grupo Santander houve redução real de 4,14% nas despesas de pessoal, ou R$ 525 milhões entre 2019 e 2024. A despesa média por trabalhador teve queda de 17,6% no período. Os dados, apresentados na audiência pública, são das demonstrações financeiras do Santander e foram compilados pelo Dieese.

‘Luta em defesa da justiça social’

Por outro lado, o lucro do Santander no Brasil chegou a R$ 13,5 bilhões crescimento de 48,6% e rentabilidade de 17,6%, apenas em 2024.

 “Qual compromisso com os trabalhadores brasileiros e com o Brasil tem uma empresa que lucra tanto no país e que demite e terceiriza visando reduzir custos para aumentar o lucro?”, questionou Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Fonte: Spbancarios

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