Geral Emprego

Automação sem direitos é retrocesso

28/05/2025

A robotização dos serviços humanos é impulsionada pela lógica ultraliberal que prioriza o lucro e troca pessoas por máquinas sem considerar os impactos sociais

Com o avanço tecnológico, um debate se intensifica: quem fica? O ser humano ou a máquina? Embora os índices de desemprego cresçam em algumas áreas em todo o mundo, dados da FecomercioSP mostram que os postos de trabalho ligados à tecnologia aumentaram 95% nos últimos 10 anos. A automação, portanto, não é o problema e, sim, como é usada.

A robotização dos serviços humanos é impulsionada pela lógica ultraliberal que prioriza o lucro e troca pessoas por máquinas sem considerar os impactos sociais. Ao invés de usar a inovação para melhorar a vida de quem trabalha, o capital transforma tecnologia em ferramenta de descarte da mão de obra.

A tendência revela uma desumanização crescente no ambiente corporativo. A máquina não adoece, não reivindica direitos e não precisa de descanso — e é justamente por isso que interessa ao capital. Mas, isso não significa que a tecnologia deva ser inimiga.

A luta é por um modelo que incorpore a tecnologia como aliada do trabalho humano, não como substituta. Só assim será possível alcançar produtividade mais saudável, com respeito à dignidade, aos direitos e à valorização de quem move, de fato, a economia: os trabalhadores.

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