Artistas com trajetórias diversas compõem júri da 2º edição do Festival de Música da Contraf-CUT
20/06/2025
Comissão julgadora reúne experiências em música, teatro, performance e audiovisual para avaliar composições de trabalhadores do ramo financeiro

Três artistas com trajetórias que cruzam diferentes linguagens – da música ao teatro, passando pela performance e o audiovisual – vão integrar a comissão julgadora do 2º Festival Nacional de Música Autoral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Eles serão responsáveis por avaliar as músicas inscritas por trabalhadores e trabalhadoras do sistema financeiro de todo o país.
Depois de revelar talentos escondidos em agências bancárias em sua primeira edição, o festival retorna em 2025 com uma curadoria que reforça a pluralidade de olhares. Compõem o júri a atriz e cantora Giselle Tigre, o músico e ator Roque Estrela e a cantora, performer e escritora Lupita Romero.
Aberto a profissionais de bancos públicos e privados, cooperativas de crédito, fintechs e outras instituições financeiras, o festival recebe inscrições até as 23h59 do dia 13 de julho, exclusivamente por meio de um formulário online (link e regulamento ao final da matéria). Cada participante poderá inscrever uma música autoral, com o vídeo já publicado no YouTube, cujo link deve ser informado no momento da inscrição.
Giselle Tigre: da televisão ao teatro musical, com voz ativa na cultura
Nascida no Recife, Giselle Tigre tem mais de duas décadas de atuação nas artes cênicas e na música. Ficou conhecida nacionalmente como a professora Linda na novela “Malhação”, da TV Globo, e entrou para a história da teledramaturgia brasileira ao protagonizar o primeiro beijo entre duas mulheres em uma novela, em “Amor & Revolução”, do SBT.
Com passagens pelas produções da Rede Record, como “Jesus”, “Gênesis” e a série “Reis”, Giselle também se destacou no teatro musical e na produção de espetáculos autorais, como o infantil “Agora é Tempo”, premiado em editais culturais. Na música, lançou o álbum “Mais Além” e vários singles autorais. Em 2025, protagonizará o curta “Estrela”, do cineasta Ismael Moura, e recentemente interpretou Maria de Nazaré na tradicional Paixão de Cristo de Cuité, na Paraíba.
Lupita Romero: intersecção de música, performance e crônica urbana
Natural de Guarulhos (SP), Lupita Romero – nome artístico de Alana Lupe Romero Martin – é cantora, performer, atriz e escritora. Formada em Filosofia, Propaganda e Marketing, construiu uma carreira que mistura som, corpo e palavra.
Seu projeto mais longevo, a banda Porno Massacre, une música, teatro e performance, com turnês no Chile e no Reino Unido. No teatro, integrou montagens premiadas, como “O Jardim das Cerejeiras”, além de ações de intervenção urbana com o coletivo Seres Em Trânsito. Atualmente, finaliza seu primeiro livro de crônicas, após ter mantido uma coluna semanal sobre cinema na Agência Difusão.
Roque Estrela: trajetória entre o rock, o teatro e a filosofia
Com formação superior em Filosofia e passagem por Londres, onde estudou interpretação para teatro, Roque Estrela iniciou sua carreira nos anos 1990 como baixista e vocalista em bandas de rock. Mais tarde, integrou o universo da MPB e do jazz, apresentando-se ao lado de artistas como Jair Rodrigues e Cauby Peixoto.
Em solo britânico, também foi vocalista de bandas de pop rock e compôs músicas para um grupo alternativo inglês. De volta ao Brasil, atuou como diretor musical, compositor e ator, com forte atuação na criação de trilhas sonoras para teatro e cinema.
Pluralidade
Os jurados vão avaliar os vídeos e as músicas enviadas, com base em critérios como criatividade, qualidade musical, letra e interpretação. O Secretário de Cultura da Contraf-CUT, Carlos Damarindo, afirma que a escolha da comissão reflete um compromisso com a representatividade.
“Queremos que a comissão reflita a diversidade da classe trabalhadora e da própria música brasileira. Por isso escolhemos artistas com trajetórias plurais, que compreendem tanto a linguagem estética quanto a potência política de uma canção feita por trabalhadores e trabalhadoras”, afirma.
Premiação e final ao vivo
O festival vai distribuir R$ 18 mil em prêmios, incluindo uma fase de premiações regionais para estimular a participação das federações. A etapa nacional definirá os cinco vencedores.
A final nacional está marcada para o dia 6 de agosto de 2025, com transmissão ao vivo pelo canal da TV Contraf no YouTube. Além de conhecer os vencedores, o público poderá acompanhar comentários dos curadores.
O 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT conta com o patrocínio da FENAE – Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal.
Inscreva-se aqui.
Acesse o regulamento completo clique aqui.
Fonte: Contraf-CUT