Após cobrança dos bancários, Santander marca negociação para dia 29
23/07/2013 - Por Bancários CGR
Após cancelamento unilateral, o que foi contestado pela Contraf-CUT,  sindicatos e federações, o Santander remarcou nesta segunda-feira (22) a  reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) para a próxima  segunda-feira (29), às 14 horas, no prédio do ex-Banespa, em São Paulo. A  negociação ocorrerá no mesmo horário e local da reunião do Grupo de  Trabalho (GT) de Call Center.
 
 "A expectativa dos bancários é a discussão da pauta específica de  reivindicações, aprovada no Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais e  entregue ao banco espanhol no dia 26 de junho, que não chegou a ser  debatida na reunião do CRT no último dia 4", afirma o funcionário do  banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. 
 
 A pauta contém reivindicações de emprego, condições de trabalho,  remuneração, saúde suplementar e previdência complementar, além de  várias pendências de reuniões anteriores do CRT.
 
 Demissões e reestruturação
 
 Segundo informações da maioria dos sindicatos para a Contraf-CUT, o  banco demitiu 2.604 bancários no 1º semestre deste ano, dos quais 1.820  sem justa causa. Isso piorou as condições de trabalho, pois faltam ainda  mais funcionários e aumentou a sobrecarga de serviços, a pressão das  metas abusivas e o adoecimento de muitos colegas. 
 
 As precárias condições de trabalho também afetam o atendimento. Não é à  toa que o Santander liderou em junho, pelo quinto mês consecutivo, o  ranking de reclamações de clientes junto ao Banco Central.
 
 Outra preocupação dos bancários é com o reestruturação que se encontra  em andamento no banco. A dispensa de coordenadores das agências menores  sobrecarregou caixas e gerentes que, além de não darem conta do próprio  trabalho, ainda são obrigados a acumular mais uma função.
 
 Expectativas dos bancários
 
 "Esperamos que  novo negociador do Santander traga respostas que  garantam o atendimento das demandas dos funcionários, principais  responsáveis por 26% do lucro mundial do banco espanhol, o melhor  resultado em todos os países onde atua", ressalta o dirigente sindical.
 
 "Também aguardamos a retirada das ações judiciais movidas pelo banco  contra a Contraf-CUT, sindicatos, federações e Afubesp para tentar calar  a voz dos trabalhadores", reitera Ademir. "Trata-se de uma prática  antissindical e uma agressão inaceitável ao direito de liberdade de  expressão do movimento sindical", salienta.
 
 Outra demanda apresentada ao banco é o fim da recente terceirização dos  prepostos nas homologações das rescisões junto aos sindicatos. Trata-se  de atividade-fim da empresa e que, portanto, não deve ser exercida por  terceiros.  
 
 Fórum de Saúde e Condições de Trabalho
 
 Já o Fórum de Saúde e Condições do Trabalho ocorre nesta quinta-feira  (25), às 14 horas, igualmente no prédio do ex-Banespa, na capital  paulista. Trata-se de importante espaço de debates, também previsto no  acordo aditivo à convenção coletiva, e o banco ficou de apresentar um  projeto de programa de reabilitação profissional.
 
 Reuniões da COE do Santander
 
 Para preparar os debates, a Contraf-CUT reunirá a Comissão de  Organização dos Empregados (COE) do Santander antes das duas reuniões  agendadas com o banco, no mesmo dia de cada uma delas, às 10 horas, na  sede da Confederação (Rua Líbero Badaró, 158 - 1º andar), no centro de  São Paulo.  
 
 SantanderPrevi
 
 O banco ainda não agendou reunião para a retomada do GT sobre o processo  eleitoral do SantanderPrevi, previsto no acordo aditivo à convenção  coletiva. Trata-se do fundo de pensão com mais de 44 mil participantes, o  maior do banco. No entanto, eles não podem participar de eleições  democráticas para a escolha dos seus representantes nos conselhos, como  acontece no Banesprev e Bandeprev.
 
 "A proposta dos bancários já está nas mãos do banco desde o ano passado e  não há justificativa que sustente essa baita enrolação", destaca  Ademir.
Fonte: Contraf-CUT
