O Sindicato dos Bancários de São Paulo intercedeu para que uma agência  do Santander, localizada no centro da capital paulista, permanecesse  fechada e seus 16 bancários fossem dispensados do trabalho após a  unidade sofrer um assalto na última sexta-feira 19.
 
 O banco, no entanto, ainda não emitiu a Comunicação de Acidente de  Trabalho (CAT). A diretora do Sindicato Wanessa de Queiroz conta que  funcionários do Sindicato estiveram no local para informar os bancários  sobre a importância do documento.
 
 "Com a CAT, o trabalhador que desenvolver alguma doença psíquica  decorrente da ação violenta, como uma síndrome do pânico, por exemplo,  poderá comprovar seu vínculo com o incidente", explica a dirigente,  acrescentando que o Sindicato está cobrando a emissão do documento.
 
 Todo acidente de trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado  pela empresa ao INSS, sob pena de multa para o empregador em caso de  omissão, como determina o artigo 22 da Lei nº 8.213/91. Ou seja, a  responsabilidade da emissão do documento é do banco, inclusive nos casos  de assaltos. Se houver recusa, o bancário deve procurar o Sindicato.
 
 Assalto
 
 A ação criminosa ocorreu por volta das 10h, numa agência da Avenida  Rangel Pestana, no bairro do Brás. Ao todo, cerca de 200 mil reais foram  roubados. Três clientes que estavam na unidade tiveram aproximadamente  700 reais e seus celulares levados. Nenhum tiro foi disparado, mas  testemunhas disseram que o bandido foi bastante agressivo.
 
 Descaso
 
 Wanessa conta que após o ataque nem o superintendente regional, nem o  superintendente de pessoa física, compareceram à agência. "Quando ocorre  um assalto, é praxe os gestores do banco irem até a unidade para saber  como estão os funcionários, mas isso não ocorreu até agora", relata a  dirigente sindical, completando que pelo menos uma psicóloga designada  pelo Santander esteve no local.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
